relendo, percebi que ainda pensava quando reescrevia o fim, e as palavras, então, vieram-me à tona. acho que foi a vertigem da leitura (interessante...), um catarse narcisístico, confesso, mas contemplativo - como a criação.
"
inspiração é o que nos move
nos alimenta
a mente
o espírito
a alma
o barro
do jarro de ideias
sem inspirar, sufocamos
afogamo-nos nas mágoas do dia-a-dia
lágrimas do tempo perdido na rotina
parados no passado
ou no futuro distante
mirando, ao longe, o
horizonde
?
ar te quero sempre ao meu redor
dentro de mim, a inspirar-te
és tu que nos enche o peito
significa as lágrimas
oferece o chão para que haja o abismo
a vertigem
o grito,
o fim.
pulmões vazios,
queda-me uma única opção,
sendo o viver a minha escolha,
em queda, pegar o ar novamente
eu sou
"
terça-feira, maio 29, 2012
inspiração é o que nos move
nos alimenta
a mente
o espírito
a alma
o barro
do jarro de ideias
sem inspirar, sufocamos
afogamo-nos nas mágoas do dia-a-dia
lágrimas do tempo perdido na rotina
parados no passado
ou no futuro distante
mirando, ao longe, o
horizonde
?
ar te quero sempre ao meu redor
dentro de mim, a inspirar-te
és tu que nos enche o peito
significa as lágrimas
oferece o chão para que haja o abismo
a vertigem
o grito,
o fim
pulmões vazios.
queda-me uma única opção,
caso seja o viver a minha escolha,
pegar ar novamente
e ser
--
escrevi o abaixo, quando perdi o momento, as palavras se perderam, comecei a pensar e a ideia toda se dissipou diante dos meus próprios olhos nus. acabei editando com outro final, sem pensar, e tal qual ficou. mas as palavras estão abaixo, se quiser ler como teria tido ficado, tivesse eu não sucumbido ao vício de pensar. leia acima até o grito, e prossiga abaixo, ignorando o fim d'acima. enfim, um final alternativo, original, sem tê-lo terminado, propriamente. as lágrimas abaixo já estavam secas, por isso a falta da verossimilhança que impediu-me de continuar. por isto, peço-te o perdão. os dedos ainda escrevem com sinceridade, mas a mente sempre nos atrapalha na poesia. que coisa, não?
(...)
expurgo dos medos e anseios enjaulados no peito de cada um de nós
que somos todos
a inspiração move-nos através
além
adentro
à... ao...
calma.
inspire, expire
e pare de chorar
palavras transbordam em lágrimas os meus olhos
defenestrando-se pela beleza das ideias
nos alimenta
a mente
o espírito
a alma
o barro
do jarro de ideias
sem inspirar, sufocamos
afogamo-nos nas mágoas do dia-a-dia
lágrimas do tempo perdido na rotina
parados no passado
ou no futuro distante
mirando, ao longe, o
horizonde
?
ar te quero sempre ao meu redor
dentro de mim, a inspirar-te
és tu que nos enche o peito
significa as lágrimas
oferece o chão para que haja o abismo
a vertigem
o grito,
o fim
pulmões vazios.
queda-me uma única opção,
caso seja o viver a minha escolha,
pegar ar novamente
e ser
--
escrevi o abaixo, quando perdi o momento, as palavras se perderam, comecei a pensar e a ideia toda se dissipou diante dos meus próprios olhos nus. acabei editando com outro final, sem pensar, e tal qual ficou. mas as palavras estão abaixo, se quiser ler como teria tido ficado, tivesse eu não sucumbido ao vício de pensar. leia acima até o grito, e prossiga abaixo, ignorando o fim d'acima. enfim, um final alternativo, original, sem tê-lo terminado, propriamente. as lágrimas abaixo já estavam secas, por isso a falta da verossimilhança que impediu-me de continuar. por isto, peço-te o perdão. os dedos ainda escrevem com sinceridade, mas a mente sempre nos atrapalha na poesia. que coisa, não?
(...)
expurgo dos medos e anseios enjaulados no peito de cada um de nós
que somos todos
a inspiração move-nos através
além
adentro
à... ao...
calma.
inspire, expire
e pare de chorar
palavras transbordam em lágrimas os meus olhos
defenestrando-se pela beleza das ideias
sábado, novembro 12, 2011
quarta-feira, outubro 26, 2011
começo com um suspiro, enquanto releio o passado distante em versos...
...relembro então de um passado mais próximo que volta a se repetir. com corpos em atrito intenso, aquecendo mais ainda as chamas que nos consomem em paixão e tesão sincero. a noite não é fria, mas cobrem-se os corpos um pelo outro sob o cobertor. não é apenas mais um gozo, mas um orgasmo que atiça cada terminação nervosa sob a pele, aguçando a sensibilidade ao toque suave de seus cabelos em meu rosto, intensificando o toque agressivo dos lábios entre os dentes ou dos seios em meu peito. então os fluidos, que escorrem entre contrações de êxtase supremo, perfumam o cenário que tenta permanecer no silêncio, apesar da respiração ofegante insistir em não permiti-lo ali. e, abraçados, entregamo-nos ao abraço inevitável, ao cansaço inseparável, ao momento imensurável.
quinta-feira, maio 19, 2011
e eis que o dia passou sem maiores registros
também, eu estava em serviço.
houveram fotos, bolo, vela, presente até!
e houve a madrugada anterior, claro, desperto, virado, pendurado num telefonema que exauriu todas as baterias disponíveis, mas resolvido, enfim, uma vez mais.
e o dia doze começou e passou, pelas vinte e quatro horas, pela primeira vez, sem pregar o olho, em vinte e oito anos.
hm... um dia inteiro vivido, um viva à intensidade de sê-lo!
e um obrigado aos amigos e às pessoas do bem. abençoadas sejam elas também.
e a vida continua
(-:
terça-feira, outubro 05, 2010
hoje, agora, eu tava mesmo era afim de sonhar. simplesmente fechar os olhos e assistir a um filme em minha mente, e nada mais. "o meu mundo e nada mais", já dizia guilherme arantes... uma noite ao som do jazz de miles davis, ou do piano solo de george winston. é assim , simples assim.
ah, o sonhar. combustivel dos loucos, refúgio dos sentidos, tesouro de tantos outros, ilumina meu caminhar nesta madrugada em meio ao trampo que banca meus devaneios de um futuro similar ao filme que se projeta no interior de minhas pálpebras... onde o tempo não passa de um fanfarrão que tenta, em vão, nos apressar. que passe sozinho, pois eu fico em meu presente momento de eterno devaneio, onde realizo e concretizo tudo aquilo que desejo, almejo, bocejo. vamos voltar à labuta, vagabundo preguiçoso...
risos contidos, evoltos em fumaça de incenso e seu silêncio característico.
ah, o sonhar. combustivel dos loucos, refúgio dos sentidos, tesouro de tantos outros, ilumina meu caminhar nesta madrugada em meio ao trampo que banca meus devaneios de um futuro similar ao filme que se projeta no interior de minhas pálpebras... onde o tempo não passa de um fanfarrão que tenta, em vão, nos apressar. que passe sozinho, pois eu fico em meu presente momento de eterno devaneio, onde realizo e concretizo tudo aquilo que desejo, almejo, bocejo. vamos voltar à labuta, vagabundo preguiçoso...
risos contidos, evoltos em fumaça de incenso e seu silêncio característico.
quarta-feira, maio 12, 2010
terça-feira, julho 14, 2009
a intensidade do agora inunda o quarto, enche-lhes os peitos, inspira-os, deixa-os em condição de não pensar. eles são ato, são toques e cabelos entre os dedos, envoltos ambos pelos braços, em queda livre um adentrando o outro, em beijos, apaixonados. línguas e lábios são um, acima e abaixo não fazem sentido, não há distinção de pé nem cabeça, só há braços e pele e a respiração que pára - e volta ofegante em suspiros e arrepios. os seios ora cambaleiam, ora se espremem, os quadris se esfregam, as pernas se entrelaçam em nós indesatáveis, os pelos se ouriçam, o suor se acumula e escorre. as salivas carregam seus sabores intensos, seus cheiros se misturam numa essência perfeita - mais que perfeita, divina. as narinas infladas inspiram o ar denso, as paredes sumiram faz tempo, a vertigem da queda embaralha os sentidos e distribui as cinco cartas completamente misturadas. seu gosto é quente e umido, agradável ao olhar, sedoso-aveludado, com um toque de maçã... então explodem juntos quando a noite os abraça em cumplicidade. seria obcena se não fosse tão sincera e verdadeira e redundantemente presente, a paixão, explícita no silêncio de depois, quebrado apenas pelos olhares e sorrisos trocados.
quarta-feira, junho 17, 2009
"
perdido no tempo
navegando em fotos pela net
degluto um último pedaço de bolo
engulo um cafezinho gelado,
há muito esquecido aqui do meu lado,
e relembro cenas e momentos diversos.
o passado não vem em nostalgia,
o que eu estranho um pouco, é verdade,
mas em cenas como um filme agradável de se assistir,
sejam elas tristes ou felizes ou chuvosas
é... acho que estou bem.
"
(retrato de uma quarta-feira a tarde, Eumesmo)
perdido no tempo
navegando em fotos pela net
degluto um último pedaço de bolo
engulo um cafezinho gelado,
há muito esquecido aqui do meu lado,
e relembro cenas e momentos diversos.
o passado não vem em nostalgia,
o que eu estranho um pouco, é verdade,
mas em cenas como um filme agradável de se assistir,
sejam elas tristes ou felizes ou chuvosas
é... acho que estou bem.
"
(retrato de uma quarta-feira a tarde, Eumesmo)
segunda-feira, junho 08, 2009
à flor da pele?
...intenso
e cada momento de vida
em cada poro, cada pelo
sente
a sensação do tempo, ilusório
da brisa do tempo que sopra
ah, o respirar
e a lembrança de um dia, numa noite
quero o peito a pulsar, palpitante
olhar, de canto, o semblante
teu sorriso, lembranças
um abraço apertado
um amigo afobado
e eu, exagerado...
à flor da pele...
intenso...
saudoso uma vez mais.
(...)
e deixo a poesia soltar o verbo, bem do jeito que eu gosto... meus dedos não comandam os versos, mandam apenas letras, da forma como vêm, e as palavras, sentidas, se formam, irresponsáveis, sem compromisso com o amanhã - que se foda o amanhã, eu quero é hoje, eu quero é mais. que suba a montanha russa de novo, a fila tem que andar, mas eu não vou descer do carro, não quero sair, quero a vertigem da queda, o abismo à frente, eu quero deixar o vento me guiar. e deixo me levar por suas canções, e curto o momento, e troco o CD - pois sei que quero mais e muito e sempre, do jeitinho que eu gosto... e deixo a poesia soltar o verbo...
(...)
me leva, oh madrugada, sou todo teu
e a brisa fria me desfaz
e me espalho todo
"
sou aqua, terra molhada
chuva que cai
sou tanto, sou pouco
sou nada de mais
"
(ok, chega... forcei... rsrs - vou até colocar entre aspas, como se não fosse meu.)
--
mas uma coisa é fato: a inspiração está grande, de encher os pulmões. e isso libera um suspiro tão profundo e denso... ahh, fica o gostinho de quero mais.
...intenso
e cada momento de vida
em cada poro, cada pelo
sente
a sensação do tempo, ilusório
da brisa do tempo que sopra
ah, o respirar
e a lembrança de um dia, numa noite
quero o peito a pulsar, palpitante
olhar, de canto, o semblante
teu sorriso, lembranças
um abraço apertado
um amigo afobado
e eu, exagerado...
à flor da pele...
intenso...
saudoso uma vez mais.
(...)
e deixo a poesia soltar o verbo, bem do jeito que eu gosto... meus dedos não comandam os versos, mandam apenas letras, da forma como vêm, e as palavras, sentidas, se formam, irresponsáveis, sem compromisso com o amanhã - que se foda o amanhã, eu quero é hoje, eu quero é mais. que suba a montanha russa de novo, a fila tem que andar, mas eu não vou descer do carro, não quero sair, quero a vertigem da queda, o abismo à frente, eu quero deixar o vento me guiar. e deixo me levar por suas canções, e curto o momento, e troco o CD - pois sei que quero mais e muito e sempre, do jeitinho que eu gosto... e deixo a poesia soltar o verbo...
(...)
me leva, oh madrugada, sou todo teu
e a brisa fria me desfaz
e me espalho todo
"
sou aqua, terra molhada
chuva que cai
sou tanto, sou pouco
sou nada de mais
"
(ok, chega... forcei... rsrs - vou até colocar entre aspas, como se não fosse meu.)
--
mas uma coisa é fato: a inspiração está grande, de encher os pulmões. e isso libera um suspiro tão profundo e denso... ahh, fica o gostinho de quero mais.
sexta-feira, junho 05, 2009
segunda-feira, maio 25, 2009
Assinar:
Postagens (Atom)